Ginecologia e Exames
Atendimento ginecológico humanizado com atenção voltada à saúde integral da mulher, visando o bem estar físico e mental, desde a adolescência até a menopausa.
Consulta Ginecológica
A consulta ginecológica deve fazer parte da rotina de cuidados de saúde de qualquer mulher. É um momento para esclarecimento de dúvidas, aprender um pouco sobre o funcionamento do próprio corpo e realizar exames ginecológicos. A idade certa para iniciar as consultas varia para cada paciente. O ideal é quando a menina começa a desenvolver caracteres sexuais femininos como surgimento das mamas e aparecimento de pelos, o que pode ser por volta dos 12 anos de idade.
– Quando decidir iniciar as relações sexuais, a mulher deve ir a uma consulta onde poderá discutir sobre métodos contraceptivos, tirar dúvidas sobre as diversas opções que existem hoje no mercado e qual o mais adequado ao seu perfil, lembrando sempre da importância da prevenção das doenças sexualmente transmissíveis.
– Quando existirem alterações nos ciclos menstruais, dúvidas à palpação das mamas ou mudanças nas características das secreções vaginais (corrimento);
– Quando sentir cólicas menstruais intensas, dor na relações sexuais, dor pélvica crônica, deve-se investigar a possibilidade de endometriose.
– Quando notar alterações no fluxo menstrual, alterações físicas e ou psicológicas que indiquem estar se aproximando da menopausa.
A consulta de rotina é uma consulta importante pois além do exame completo clínico, laboratorial e de imagem, visa tratar eventuais sintomas e principalmente a orientação e prevenção das doenças ginecológicas, nutrição e qualidade de vida.
Exames Realizados
Ultrassonografia Transvaginal Com Preparo Intestinal Para Presquisa De Endometriose Profunda
A Endometriose é uma doença inflamatória, estrogênio dependente de alta prevalência que acomete 1 em cada 10 mulheres no mundo. A ultrassonografia com preparo intestinal é um dos exames complementares importantes para o diagnóstico da doença. Possui elevada sensibilidade e especificidade para detectar lesões em locais importantes como reto, região retrocervical, vagina, bexiga, ligamentos útero sacros, ovários, parede abdominal entre outros. O exame é realizado após preparo intestinal adequado no dia anterior com restrição de alimentos gordurosos e medicação para limpeza intestinal. O preparo não interfere na rotina da paciente, não sendo necessário se ausentar do trabalho ou dos estudos. No dia do exame é realizado um clister para eliminar os resíduos de fezes. O exame dura em média 40-50 minutos sem maiores transtornos para a paciente.
Ultrassonografia Transvaginal
Exame muito solicitado na rotina ginecológica, onde o médico tem uma visão geral dos órgãos pélvicos com maior nitidez já que o transdutor fica mais próximo dos órgãos estudados como bexiga, útero, colo uterino, ovários e endométrio, além da avaliação de miomas , adenomiose, endometriose, cistos ovarianos, localização de DIU, anomalias uterinas, gestação inicial, auxilia nas técnicas de reprodução assistida e várias outras indicações.
Ultrassonografia Obstétrica do Primeiro Trimestre
O objetivo é confirmar a idade gestacional, avaliar se o embrião é viável ou não e a implantação dentro do útero.
Ultrassonografia Obstétrica Morfológica de Primeiro Trimestre
É o principal exame do primeiro trimestre e deve ser realizada entre 11 semanas e três dias até 13 semanas e seis dias. O objetivo principal é o rastreio de aneuploidias (anomalias genéticas onde há alterações no número de cromossomos) através de marcadores. A aneuploidia mais comum em nascidos vivos é a trissomia do cromossomo 21 (Síndrome de Down). Outras aneuploidias que podem ser rastreadas, porém menos frequentes, são as trissomias dos cromossomos 13 e 18. Contudo, o rastreamento alterado pode possibilitar o diagnóstico de outras condições. Os marcadores avaliados são: transluscência nucal, osso nasal, ducto venoso e regurgitação tricúspide, com aumento da sensibilidade na detecção de anomalias quando são associados. Estuda-se também a morfologia fetal e o fluxo sanguíneo das artérias uterinas para o cálculo de risco do desenvolvimento de pré-eclâmpsia.
Ultrassonografia Obstétrica Morfológica de 2° Trimestre
Realizada entre 20 e 24 semanas, exame muito importante, pois permite avaliar o desenvolvimento do feto, a formação dos órgãos e localização da placenta permitindo a detecção ou não de má formações. O exame também visa avaliar comprimento e morfologia do colo uterino, via transvaginal.
Ultrassonografia Obstétrica de 3° Trimestre
Avalia-se o crescimento , posição, peso fetal, placenta e volume de líquido amniótico.
Dopplerfluxometria Obstétrica
Avalia-se a circulação materno-fetal e feto-placentária.
Informações para Médicos:
ADENOMIOSE
Bibliografia:
*Consensus on revised definitions of morphological Uterus
Sonographic assessment (MUSA) featuresos adenomyosis:
Results of modified Delphi procedure- ISUOG
TRANSLUCÊNCIA NUCAL
Bibliografia:
ISUOG guidelines: Practice Guidelines( updated): performance of 11-14 weeks ultrasound scan
Endometrioma
Cisto Hemorrágico
ENDOMETRIOMA X CISTO HEMORRÁGICO
Bibliografia:
*ESGO/ISUOG/IOTA/ESGE Consensus Statement on preoperative diagnosisof ovarian tumors- ISUOG
ENDOMETRIOSE PROFUNDA INTESTINAL
Bibliografia:
*How to perform Ultrasonography in Endometriosis (Stefano Guerriero, George Condous, Juan Luis Alcázar)
*Society of radiologists in Ultrasound on Routine Pelvic US for Endometriosis
Perguntas Frequentes:
Doença benigna e inflamatória, estrogênio dependente, caracterizada pela presença de tecido semelhante ao endométrio (camada interna do útero), que se deposita e cresce fora da cavidade uterina. Pode se implantar nos ovários, trompas, bexiga, vagina, intestino, ligamentos uterinos, nervos, parede abdominal e em órgãos à distância como pulmão, fígado e cérebro. Os sintomas mais frequentes são: cólicas menstruais intensas, dor pélvica crônica, dor nas relações sexuais. Mas pode também ocorrer distensão abdominal, cansaço, dores nas pernas, depressão.
A causa exata ainda é desconhecida. A teoria mais antiga fala sobre o fluxo menstrual retrógrado saindo pelas trompas e caindo na cavidade abdominal. Outros fatores importantes estão também envolvidos como a genética (até 6 vezes o risco em familiares de 1° grau), fatores imunológicos e endócrinos
Além da consulta e exame físico detalhados os exames de imagem são importantes para o diagnóstico. A ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal e a Ressonância do abdome e pelve também com preparo intestinal são os exames de imagem específicos.
Enquanto na endometriose os implantes se localizam fora da cavidade uterina, na adenomiose os implantes se localizam nas paredes uterinas com sintomas semelhantes.
A endometriose é uma das causas de infertilidade por conta das aderências, do processo inflamatório e também da redução da reserva folicular quando acomete os ovários. O especialista em reprodução humana deve avaliar cada caso.
O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico dependendo de cada caso. Existem medicamentos disponíveis no mercado que reduzem o processo inflamatório, diminuindo assim os sintomas dolorosos e melhorando a qualidade de vida da paciente. A cirurgia quando necessária geralmente é realizada por videolaparoscopia e mais recentemente por robótica. Importante a formação de equipe multidisciplinar formada pelo ginecologista, nutricionista, fisioterapeuta e psicólogo.
A menopausa é definida pela ausência de menstruação (amenorreia) por 12 meses seguidos e representa o fim permanente da menstruação. O período marca o fim da fase reprodutiva feminina, e ocorre, geralmente, entre os 45 e 55 anos de idade. Os sintomas podem ocorrer antes, no climatério, fase que antecede a menopausa. Algumas mudanças fisiológicas podem ocorrer. Os níveis hormonais (estrogênio e progesterona) tendem a diminuir na fase do climatério e é comum a irregularidade menstrual com aumento ou diminuição do fluxo. Na menopausa já instalada os sintomas mais frequentes são: ondas de calor ou fogachos, com sensação de calor no rosto, pescoço e na parte superior do tronco, insônia, irritabilidade, depressão alterações de pele, cabelo e unhas, diminuição do metabolismo com acúmulo de gordura abdominal, ressecamento vaginal, dor na penetração e diminuição da libido, infecção urinária, perda de urina. A longo prazo há risco aumentado de osteopenia, osteoporose e doenças cardiovasculares.
A síndrome urogenital da menopausa ocorre como consequência da diminuição do estrogênio. Os tecidos da genitália externa, uretra e bexiga são dependentes do estrogênio para manter sua vitalidade.
Com a queda do estrogênio várias mudanças ocorrem nesses tecidos e os sintomas mais frequentes são: ressecamento vaginal, dor, ardência, coceira vulvo vaginal, dor nas relações sexuais, sangramento pós relações sexuais, ardência ao urinar e infeçção urinária.
As terapias hormonais e o uso de lubrificantes são eficazes para a maioria das pacientes.
O uso do Laser também tem se mostrado eficaz para o tratamento. O objetivo do laser interno é estimular a lubrificação reduzindo a sensação de ressecamento causado pela atrofia vaginal. O laser também tem eficácia no tratamento da flacidez de pequenos e grandes lábios.
Pacientes que tem contra indicação de terapia de reposição hormonal e queixas de ressecamento e atrofia vaginal tem muitos benefícios com a terapia com laser.
Tem sim mas antes de tudo deve-se consultar o ginecologista para melhor avaliação do tratamento. A terapia de reposição hormonal para o manejo dos sintomas e prevenção das comorbidades a longo prazo pode ser natural (manipulados bioidênticos, alimentos e fitoterápicos) ou sintética (medicamentos já existentes no mercado). Mas só isso não é suficiente. Mudanças no estilo de vida como exercícios aeróbicos, musculação e dieta adequada são essenciais para o controle dos sintomas e melhora da qualidade de vida a longo prazo.
Com a queda do estrogênio várias mudanças também acontecem na vagina, bexiga e uretra. Chamada de síndrome urogenital essas mudanças causam ressecamento vaginal, ardência, dor na relação sexual, coceira vulvo vaginal, infecção urinária, sangramento pós relação sexual e infecções. A terapia de reposição hormonal e o uso de lubrificantes vaginais são eficazes para tratamento da maioria das pacientes. Recentemente o uso do Laser tem mostrado ótimos resultados no tratamento da síndrome genito urinária.
Sobre Mim:
Dra. Therezinha Cristina A. de Almeida Teixeira
CRM: 5258428-7
Médica ginecologista e obstetra graduada na Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO) , residência médica em Ginecologia e Obstetrícia na Santa Casa da Misericórdia (33ª.enfermaria e 28ª enfermaria).
- Título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia- Febrasgo-AMB
- Título de especialista em ultrassonografia em Ginecologia e Obstetrícia- Febrasgo / AMB
- Certificado de atuação em Medicina Fetal- Febrasgo/AMB
- Pós Graduação em Medicina Fetal (Fetus-SP)
- Formação em Ultrassonografia Transvaginal para pesquisa de Endometriose Profunda (Cetrus e Nexus)
- Professora do Curso Básico em ultrassonografia (Ginecologia) e Pós Graduação em Ultrassonografia (Ginecologia Avançada)- IETECS